sábado, 15 de setembro de 2012

Resenha de HQ: THE ASTOUNDING WOLF-MAN

Eu poderia estar lendo Bukowski, Scher, Rodrigues, Goethe, Campbell, Rilke ou Sartre. Não. Depois das notícias que tive hoje, só tomando aquele banho e lendo o monte de HQ’s que li que acabei achando num site que volta e sempre, ‘tô freqüentando, e já até traduzi e revisei umas traduções de HQ’s pra lá – o Gibiscuits.

The Astounding Wolf-Man. Eis mais uma forra valendo da Image (sim, a editora de Spawn, CyberForce, Gen13 e outros caralhos que não valem o que o gato põe na areia), que vem até dando umas forras valendo estes tempos, não somente por Astro City e The Walking Dead, mas também por City of Heroes (super-recomendada), Liberty Meadows (série super show do Frank Cho!), Dead Space (baseada no game homônimo), G.I. Joe (Comandos em Ação; conhece? [era HQ da Marvel nos anos 1980, mas deixa quieto]), Tomb Raider (sim, do filme baseado no videogame), Lucha Libre (sim, do desenho que passava na SBT), entre outros bem legais, ao contrário daquelas...... porras que eram publicadas aqui no Brasil pela Abril e pela Globo e que o pessoal achava o suprasumo das HQ’s modernas.
‘Tá, vamos lá.
The Astounding Wolf-Man. Criação conjunta de Robert Kirkman, no roteiro, e Jason Howard(olha o sobrenome do infeliz! #risos), nos desenhos e arte-final. O plot é sobre um Gary Hampton, CEO duma empresa que ‘tá passando por momentos complicados, e, durante uma viagem a um camping com a família, é mordido por um lobisomem e, POW!, acaba se tornando um deles. Simples, não? Não necessariamente por é ai que começa o bacanal de referências, indo de a outros heróis das HQ’s – o protagonista usa seus poderes no combate ao crime (Homem-Aranha), ensinado por um tutor (Demolidor) em um QG cheio de traquitanas tecnológicas e até mesmo um carro para se locomover pela cidade [Batman), que está em um mundo cheio de vilões superpoderosos (Procurado), que são enfrentados por equipes de super-heróis que aparecem a torto e a direito (AstroCity) – junto a homenagens aos diferentes lobisomens que já passaram pelo cinema (antes do Lobisomem, com o Benicio Del Toro, de 2010) e mais um caldeirão de referências sobre o misticismo dos Lobisomens (os autores devem ter feito a história com o Lobisomem: um Tratado sobre Casos de Licantropia, do Sabine Baring-Gould, do lado) inclusive às inúmeras que faz ao RPG Lobisomem: O Apocalipse. E, sim!, pra terminar o caldeirão, o logo do uniforme (!!!!!!!) do herói É uma referência desgraceira aos Thundercats!
Esqueça este lance de arcos aqui, a história é contínua e se você perdeu um número, corre atrás, porque a coisa fica toda esburacada e sem sentido lá pra frente, ainda mais com os flashbacks que sempre amarram o momento seguinte a um lá no começo. Além do que, prepare seu saco, é um monte de reviravoltas, todas bem amarradas e que, lendo da segunda vez, até que fazem seu sentido e como contribuem para a trama. É misticismo, super-heróis (um zilhão de referências na cara), teoria da conspiração a nível governamental e essa merda toda que o Kirkman, de certa maneira, até que consegue amarrar de modo inteligível. Todavia, a arte do Howard não ajuda muito, o traço realmente não é dos mais convincentes pro que a história pede, chegando a, em muitos momentos, ser “cartoon network” em demasia (ou seja, muito ao contrário de I Kill Giants, da mesma editora), irritando bastante o leitor.
AH! Como é uma história com um personagem de histórias de terror, tem uma referência morta da sua obviamente aloprada ao H.P. Lovecraft. Mas isso você só vai descobrir quando ler.

Clique AQUI! para encontrar seu link para download no Gibiscuits.

F*cking enjoy!

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