quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CATHERINE, CATHERINE

CATHERINE, CATHERINE


CATHERINE, Catherine...
Que não conheço e que nunca conhecerei
Porém
Que desejo morder as orelhas e pescoço e mandibula até que remova a carne
Lamber-lhe até sair a pele
Cheira-la e fungá-la até que perca a cor natural.
Catherine, Catherine
Que jamais será por mim tocada
Todavia
Que desejo inserir-me até que ser parte dela
Olhar no fundo de seus olhos até que a cor destes seja a dos meus
Transformar seu suor em meu sangue
Fungar-lhe tanto até que somente meu nome
Seja a única palavra que consiga dizer.
Catherine, Catherine
Cujos meus sonhos acordados são ela
Neles ela gritando até telhas se partirem
Levando árvores de séculos ao chão
Inundando metrópoles globais.
Catherine sem estima e somente ardor
Catherine sem sentido e sendo destilada ou fermentada
Catherine tao ofegante e de olhos semi-cerrados
Se sentindo a última e a pior
Mesmo estando próxima ao paraíso.
Catherine só em devaneios
Catherine em alucinacões sem quaisquer tóxicos
Catherine apenas em minhas mãos sendo idealizada
Em sussurro e arfar e sobre duas pernas.
Catherine que nunca será e que nunca estará...
Catherine que nunca seremos e que nunca estaremos...
“Catherine, Catherine...”


:: Quilômetros-a-Pé ::
:: nota: essa guria – Catherine – não existe!!!! ::
:: 24 de fevereiro de 2010, durante uma ressaca braba daquelas ::
:: não, ela NÃO É a guria da foto acima ::

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